Por que é um problema se proteger?

É bem curioso ver as objeções das pessoas enquanto lanço a Biju para o mundo. 

Pra quem não sabe, sou criadora da Têssa, uma empresa que quer ajudar na construção de redes de confiança entre as pessoas. Sejam elas colegas de trabalho, familiares, cônjuges ou vários outros tipos de relações humanas. 

Com a Têssa nasceu a BIJU, que é nosso botão de socorro em formato de pingente. 

E, com a Biju, nasceram as objeções. Inclusive adoro elas. Elas me fazem crescer como pessoa e empreendedora. 
Mas tem uma que não me sai da cabeça, coloquei uns exemplos aqui

“A que ponto chegamos pra termos que andar com um botão de emergência”

“’É horrível, mas infelizmente precisamos disso”

“Pleno 2022 e precisamos andar com botão de emergência para viver em paz”

Eu sempre encarei a Biju de outra forma. Como um meio de estar mais perto da minha rede de confiança. Qualquer pessoa pode querer ajuda em algum momento. Nosso trabalho é só facilitar isso. É deixar as pessoas seguras para seguirem sua vida da melhor maneira que querem. Mas com a rede de confiança por perto.

Então, sobre o que falamos quando o assunto é proteção?

Fiquei pensando em exemplos para explicar melhor. 

  • Eu vendi a Biju pra um marido de uma moça com Alzheimer. Ela às vezes se perde e não consegue utilizar o celular. 
  • Dei uma pra minha mãe, obviamente. Ela é super ativa e mora sozinha. Colocou todos os filhos como contato. 
  • Teve o caso da moça que volta da faculdade à noite. Ela está realizando o sonho dela, mas estar com a Biju ajuda ela a se sentir mais segura.
  • E tem sempre meu exemplo. Sempre fui de ficar sozinha. Eu moro só, viajo sozinha desde nova. E sim, já pensei que ela serviria em várias ocasiões passadas.  

Os casos de violência infelizmente também existem. E eu gostaria que não existissem, mas fico feliz em fazer minha parte.

Vendi para um pai de uma moça trans, ela falou que vive com a Biju agora e se sente mais livre para andar como quer.

Fiz uma parceria com uma ONG de violência contra a mulher. Ouvir sobre os relatos me fez entender a importância do meu trabalho e como eu concordo com as pessoas que criticaram a Biju. Sim, eu gostaria que não precisássemos dela. 

O mundo é cruel mesmo. E como mulher, sinto todo dia isso na pele. Mas para todos os problemas que encontramos, a solução em comum era estar perto da nossa rede. 

Não é sobre estar ou não sozinha. Nem sobre violência.

É sobre liberdade e autonomia. É sobre formar redes.

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Thiago Martins

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